O artigo apresenta uma revisão acerca da perspectiva interacionista simbólica, resgatando suas origens, pressupostos básicos e possibilidades de contribuição aos estudos organizacionais. São examinadas algumas concepções de precursores desta corrente, e abordados os marcos iniciais da estruturação do movimento interacionista simbólico, bem como as divergências conceituais e metodológicas das Escolas de Chicago e Iowa, além das principais críticas apresentadas a esta perspectiva teórica. Entende-se que o interacionismo simbólico apresenta um potencial para compreensão de diferentes aspectos da vida organizacional, complementando outras perspectivas teóricas normalmente utilizadas neste campo de estudos. Num esforço de exemplificar tal potencialidade, busca-se elucidar alguns temas em estudos organizacionais, que têm sido abordados sob a perspectiva interacionista simbólica, bem como tecer algumas considerações acerca dos aspectos metodológicos relacionados à operacionalização de seus pressupostos. Salienta-se, por fim, que para a utilização adequada de tal abordagem, os pesquisadores devem estar conscientes de suas limitações.
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