Abstract:

Abstract O presente texto reflete sobre os conflitos territoriais e as resistências nas áreas dos perímetros irrigados, na região de Petrolina-PE. Nesta, a expansão de um modelo de produção mundializada de frutas, dotado de vastos recursos técnicos e financeiros, tem reconfigurado o território e intensificado a apropriação privada da terra, da água e da natureza por grandes empresas. O capital e o Estado, ao criarem mecanismos de uso privado das áreas irrigáveis, acirram os conflitos que expressam os antagonismos entre os sujeitos que defendem o direito ao território e seus modos de vida, daqueles que buscam apenas lucrar, dos que lutam pela terra-água como meios de reprodução social e aqueles que os detém como forma monopólio capitalista, a partir do qual impõem a precarização generalizada do trabalho. Este estudo foi construído a partir de trabalhos de campo que, além dos relatos orais, permitiram uma a vivência etnográfica da geografia conflituosa nos acampamentos Dom Tomás Balduíno e Democracia, ambos situados no interior do perímetro Pontal-Petrolina-PE. Tais dados qualitativos são interpretados à luz de uma teoria crítica que nos desafia à inventividade ao estimular pensar o cotidiano nos seus aspectos singulares, particulares e universais.

Keywords: